quinta-feira, 5 de novembro de 2015

A lição do jardineiro


Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem por tradição em sua frente um lindo gramado e diversos jardineiros autônomos para fazer aparos nestes jardins.
 

Um dia, um executivo de marketing de uma grande empresa americana contratou um destes jardineiros. 
Chegando em sua casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 13 anos de idade, mas como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço, mesmo estando indignado com a pouca idade em questão.
 
Quando o garoto já havia terminado o serviço, solicitou ao executivo a permissão para utilizar o telefone da casa, e foi prontamente atendido.
 
Contudo, o executivo não pode deixar de ouvir a conversa. O garoto havia ligado para uma senhora e perguntava:
 
 A senhora está precisando de um jardineiro?
 Não. Eu já tenho um - respondeu.
 Mas além de aparar, eu também tiro o lixo.
 Isso o meu jardineiro também faz.
 Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço - disse ele.
 Mas o meu jardineiro também faz isso...
 Eu faço o atendimento o mais rápido possível.
 O meu jardineiro também me atende prontamente!
 O meu preço é um dos melhores.
 Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.
 
Desligando o telefone, o executivo disse a ele:

 Meu rapaz, você perdeu um cliente.
 Não - respondeu o garoto.  Eu sou o jardineiro dela. Estava apenas medindo o quanto ela estava satisfeita.
 

A laranja, o gato e o matuto


Certa manhã ensolarada de domingo, em uma cidadezinha do interior, passeava eu pela pracinha daquela localidade quando vi um matuto vendendo laranjas. Aproximei-me e vi que eram laranjas de sabor doce e me animei a comprar uma dúzia delas.

Enquanto o matuto colocava as laranjas dentro de um saco de papel, eu, me julgando um cara esperto, falei:

– Olha, não deixe de colocar a do gato. Meu gato lá em casa fica miando toda vez que não levo laranja para ele. Sardinha ele não gosta não, mas laranja...

O matuto, sem dizer uma palavra, colocou a 13ª laranja no saco e me entregou. Animado pela atitude obediente do matuto, decidi pedir mais uma dúzia. Enquanto ele preparava o saco de papel para ensacar as laranjas, entoei novamente aquela:

– Olha, nesta dúzia também não esqueça a do gato.

O matuto continuou colocando as laranjas, sem dizer uma palavra.

Para quebrar um pouco o gelo daquele silêncio pesado que ficou no ar, emendei:

– Sabe, companheiro, esse gato que eu tenho lá em casa tá me incomodando muito. Toda vez é isso aí: eu chego em casa e ele fica miando, miando, miando... Sabe, o bichano não está me servindo mais. Acho que vou acabar me desfazendo desse gato.

Foi quando o matuto, quebrando o silêncio, repentinamente, me retrucou:

– Desfaz dele não, seu moço. Esse gato tá sendo muito útil pro senhor.

A força da criatividade


Um senhor muito rico vai à caça e leva consigo um cachorrinho dálmata para não se sentir tão só na mata.

Já na expedição, o cachorrinho começa a brincar de caçar mariposas e quando percebe está muito longe do grupo do safári. Nisso, vê que se aproxima uma onça correndo em sua direção. Ao perceber que a onça iria devorá-lo, pensa rápido no que fazer. Vê uns ossos de um animal morto e se coloca a mordê-los. 

Então, quando a onça estava a ponto de atacá-lo, o cachorrinho diz em voz alta:

- Ah, que delícia esta onça que acabo de comer!

A onça para bruscamente e sai apavorada, correndo do dálmata, e pensando:

- Mas que cachorro bravo! Por pouco não come a mim também...!

Um macaco fofoqueiro, que estava trepado em uma árvore próxima e havia visto a cena, sai correndo atrás da onça para lhe contar como ela fora enganada pelo cachorro. Mas o cachorrinho percebe a manobra do macaco. O macaco alcança a onça e lhe conta toda a história.  Então, a onça furiosa, diz: 

- Cachorro maldito! Vai me pagar! Agora vamos ver quem come a quem!

O macaco montou nas costas da onça e saíram correndo em direção ao cachorro.

Quando o dálmata vê a onça se aproximando, desta vez com o macaco montado em suas costas, ele começa a pensar em uma saída. Assim, ao invés de sair correndo, fica de costas como se não estivesse vendo nada, e quando a onça estava a ponto de atacá-lo o cachorrinho diz, em voz alta:

- Cadê aquele macaco preguiçoso! Faz meia hora que eu o mandei me trazer uma outra onça para comer e até agora nada! Quando ele voltar eu vou lhe dar uma surra que até o diabo sentirá dó!

A onça, ao ouvir isso, com medo e com os pelos em pé, bateu em retirada.

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Lembre-se sempre: em momentos de crise, a imaginação e a criatividade são mais importantes do que o conhecimento.
  

A folha amassada

Quando criança, por causa de meu caráter impulsivo, reagia à menor provocação.
 
Na maioria das vezes, depois de um desses incidentes, sentia-me envergonhado e me esforçava por consolar a quem tinha magoado.
 
Um dia, meu professor me viu pedindo desculpas, depois de uma explosão de raiva, e entregou-me uma folha de papel lisa e me disse:

 Amasse-a!
 
Com medo, obedeci e fiz com ela uma bolinha.

 Agora, deixe-a como estava antes. Voltou a dizer-me.
 
Óbvio que não pude deixá-la como antes. Por mais que tentasse, o papel continuava cheio de pregas.
 
O professor me disse, então:

 O coração das pessoas é como esse papel. A impressão que neles deixamos será tão difícil de apagar como esses amassados.
 
Assim, aprendi a ser mais compreensivo e mais paciente. Quando sinto vontade de estourar, lembro-me daquele papel amassado.
 
A impressão que deixamos nas pessoas é impossível de apagar. Quando magoamos alguém com nossas ações ou com nossas palavras, logo queremos consertar o erro, mas é tarde demais...
 
Alguém já disse, certa vez:

 Fale somente quando suas palavras possam ser tão suaves como o silêncio. Mas não deixe de falar, por medo da reação do outro.
 
Acredite! Em especial, em seus sentimentos!
 

A corrida de sapos

             

Era uma vez um grupo de sapinhos que organizaram uma competição. O objetivo era alcançar o topo de uma torre muito alta.
 
Uma multidão juntou-se em volta da torre para ver a corrida e animar os competidores. A corrida começou. E, sinceramente, ninguém naquela multidão realmente acreditava que sapinhos tão pequenos pudessem chegar ao topo da torre.
 
Eles diziam coisas como: "Oh, é difícil DEMAIS! Eles NUNCA vão chegar ao topo". Ou ainda: "Eles não tem nenhuma chance de êxito. A torre é muito alta!".
 
E, de fato, os sapinhos começaram a cair. Um a um... Só alguns poucos continuaram a subir mais e mais alto.
 
A multidão continuava a gritar: "É muito difícil!!! Ninguém vai conseguir!"
 
Outros sapinhos se cansaram e desistiram. Mas UM continuou a subir e subir... Este não desistia!
 
No final, todos os sapinhos tinham desistido de subir a torre. Com exceção do sapinho que, depois de um grande esforço, foi o único a atingir o topo!
 
Naturalmente, todos os outros queriam saber como ele conseguiu.
 
Um dos sapinhos perguntou ao campeão como ele conseguira forças para atingir o objetivo. E o resultado foi: o sapinho campeão era SURDO!
 
Por isso, nunca dê ouvidos a pessoas com tendências negativas ou pessimistas porque elas tiram de você seus sonhos e desejos mais maravilhosos. Lembre-se sempre do poder das palavras porque tudo o que você ouvir e ler afetará suas ações!

A atitude do marimbondo

                 

Considerado como mal-educado pela vizinhança e comunidade, o marimbondo foi questionado por seus vizinhos, pois seu relacionamento com os demais insetos e animais nada tinha de satisfatório. Ficava mal-humorado ao menor esbarrão. Justificava suas ferroadas como autodefesa. Nunca se sentia culpado ou movido a pedir desculpas a ninguém. Seus argumentos eram os seguintes: 
 “Tudo que sei e pratico aprendi com meus pais. Vivemos numa comunidade fechada. Jamais nos matriculamos em um educandário de relacionamento afetivo. Agimos do mesmo modo em todas as circunstâncias.
 
Ninguém nunca nos fez uma visita cordial, até porque o acesso à nossa casa é vedado. Ninguém é bem-vindo em nenhuma ocasião.
 
A intolerância é a tônica de nosso viver. Nós criamos as nossas leis. Somos os donos da razão. Nossos direitos não podem ser tirados de nós.
 
Admiramos o modo amistoso das demais comunidades de animais, mas somos diferentes. Nascemos para ferroar. Esta é a nossa natureza.”
 
Diante destes fatos, a comunidade dos marimbondos vive isolada. Não sabe cooperar para o bem comum. Há medo por parte dos demais membros da fauna com a presença dos marimbondos.
 
É triste não poder confiar neles, pois nunca se sabe diferenciar quando estão de bom humor ou prontos para atacar.
 
Os marimbondos não podem dizer que são discriminados, pois escolheram seu modo de viver.
 

A arte de viver junto

                                           
Conta uma lenda dos índios Sioux que, certa vez, Touro Bravo e Nuvem Azul chegaram de mãos dadas à tenda do velho feiticeiro da tribo e pediram:
 
 Nós nos amamos e vamos nos casar. Mas nos amamos tanto que queremos um conselho que nos garanta ficar sempre juntos, que nos assegure estar um ao lado do outro até a morte. Há algo que possamos fazer?
 
E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse-lhes :
 
 Há o que possa ser feito, ainda que sejam tarefas muito difíceis. Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte ao norte da aldeia apenas com uma rede, caçar o falcão mais vigoroso e trazê-lo aqui, com vida, até o terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo, deves escalar a montanha do trono; lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias. Somente com uma rede deverás apanhá-la, trazendo-a para mim viva!
 
Os jovens se abraçaram com ternura e logo partiram para cumprir a missão.
 
No dia estabelecido, na frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves. O velho tirou-as dos sacos e constatou que eram verdadeiramente formosos exemplares dos animais que ele tinha pedido.
 
 E agora, o que faremos? - os jovens perguntaram.
 
 Peguem as aves e amarrem uma à outra pelos pés com essas fitas de couro. Quando estiverem amarradas, soltem-nas para que voem livres.

Eles fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros.
 
A águia e o falcão tentaram voar, mas conseguiram apenas saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela impossibilidade do voo, as aves arremessaram-se uma contra a outra, bicando-se até se machucar.
 
Então, o velho disse:
 
 Jamais se esqueçam do que estão vendo, esse é o meu conselho. Vocês são como a águia e o falcão. Se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, cedo ou tarde, começarão a machucar um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados. Libere a pessoa que você ama para que ela possa voar com as próprias asas. Essa é uma verdade no casamento e também nas relações familiares, de amizade e profissionais.